O Século do Eu - A BUSCA
Em algum lugar ao longo do caminho, no século do eu, esquecemos uns dos outros. Esquecemo-nos deste universo, da Natureza, vastos e cheios de maravilhas, dos quais cada um de nós somos apenas uma pequena e transitória maravilha.
Esquecemos que todo trabalho criativo – seja música, matemática, poesia, física ou curar, qualquer coisa que possamos chamar de arte – é uma mão estendida no escuro, a procura não da visibilidade, mas da luz que vive dentro de nós.
A busca de conexão.
Estamos a viver uma pandemia de egoísmo – autocelebração desenfreada que confunde aplausos com conexão, likes com amor. As empresas de mídia social estão a capitalizar a nossa necessidade nativa de afirmação, a explorar a nossa imunidade comprometida com manipulação a cada passo: algoritmos priorizando selfies em vez de flores e árvores, algoritmos amplificando a palavra eu / self, algoritmos a nos dopar com a dopamina de sermos notados, seduzindo-nos a esquecer a arte e alegria de perceber – aquela glória culminante da consciência. E em algum lugar, no âmago tranquilo do nosso ser, essa busca frenética por likes está a nos fazer gostar menos de nós mesmos.
Deve haver outra maneira - uma maneira de desapegar-se apenas o suficiente para lembrar um do outro, para ficar um pouco mais desperto para este mundo que brilha de admiração, do qual qualquer eu é apenas uma partícula.
Seja como for, não se trata de uma nova tecnologia. Talvez seja uma nova ética. Talvez seja a ética mais antiga. Ou simplesmente um retorno ao que é Natural. A Raiz, a Nossa Natureza, o Todo e Interdependência!
Proff
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