Morte, consciência e presente
Para os budistas, a morte é, mais do que uma ocasião natural da vida, uma experiência muito importante e sobre a qual reflectem, confrontando-se a si próprios com a perspectiva da mesma, minimizando o sofrimento que daí advém.
Sua Santidade, o XIV Dalai Lama, designa, no prefácio do The Tibetan Book of Living and Dying (O Livro Tibetano do Viver e do Morrer), no tom descontraído que o caracteriza, a morte como uma “troca de roupas velhas e usadas e não um destino final”
Neste mesmo livro, o autor, Sogyal Rinpoche, escreve, uma frase que abre espaço a uma reflexão profunda sobre o que fazemos a cada dia: “O que quer que tenhamos feito com as nossas vidas faz de nós aquilo que somos quando morremos. E tudo, absolutamente tudo, conta.”
“Nascimento e morte são apenas noções”, escreveu Thich Nhat Hanh no livro No Death, No Fear (Sem Morte, Sem Medo): “Não são reais. O Buda ensinou-nos que não há nascimento, não há morte, não há vinda, não há ir, não há o mesmo, não há diferente, não há eu permanente, não há aniquilação. Só pensamos que existe.”
Este entendimento, pode libertar as pessoas do medo e permitir-lhes “desfrutar da vida e apreciá-la de uma nova forma”. Como? Através da atenção, dirigindo “a energia de estar consciente e desperto para o momento presente”.
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