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A nossa faculdade de magoar

Quantas vezes nos deparamos com situações que nos inspiram a sentirmo~nos enraivecidos, tristes, frustrados, magoados, injustiçados…de tal forma que a nossa vontade é chorar, partir o que estiver ao nosso alcance, gritar…e quantas vezes, é exactamente isso que fazemos? Quantas vezes a nossa vontade é retaliar? Magoar de volta? E quantas vezes percebemos que retaliar é mais do mesmo? Como dizia Ghandi “ Um olho por um olho, torna o mundo cego”.

Mesmo perante esta verdade, tantas vezes acabamos por ser indelicados ou mesmo brutos com os entes que nos estão e são próximos; o marido, a filha, o canina, a felina. Não é fácil discernir, quando sob o efeito de emoções fortes e negativas, quem nos está a apoiar e acabamos por morder a mão que se estende para nos auxiliar.

Esta é a nossa faculdade de magoar. Não de forma premeditada, mas com uma deficiência em inteligência emocional que nos torna não razoáveis.

Precisamos trabalhar muito profundamente a nossa inteligência emocional. Uma vez que temos a noção de que estamos a habitar um lugar muito baixo que nos impede de evoluir emocionalmente, temos o dever de reverter isso. De sermos capazes de encontrar conforto nos braços daqueles que nos cuidam, amam e nos doam. E lidar com as nossas emoções com esse amável apoio. Seremos então capazes de resolver as questões que desencadearam as nossas emoções negativas.

Devemos dizer àqueles que nos feriram: “Não permito que me magoes mais.” E ser amáveis com aqueles que são amáveis connosco.

~~ Ana ~~




The faculty of hurting

How many times do we come across situations that inspire us to feel angry, sad, frustrated, hurt, wronged... so much so that we want to cry, break what we can, scream... and how many times, that is exactly what we do? How often do we wish to retaliate? To hurt back? And how many times do we realize that retaliation is more of the same? As Gandhi said, “An eye for an eye makes the whole world blind”.

Even in the face of this truth, so many times we end up being impolite or even brutal with those who are close to us; the husband, the daughter, the canine, the feline. It is not easy to discern, when under the influence of strong and negative emotions, who is supporting us and we end up biting the hand that reaches out to help us.

This is our faculty of hurting. Not premeditatedly, but with a deficiency in emotional intelligence that makes us unreasonable.

We need to work very very profoundly our emotional intelligence. Once we have the notion that we are dwelling in a very low place that keep us from evolving emotionally, we then have a duty to reverse that. To be able to find comfort in the arms of those who are caring and loving ang giving. And deal with our emotions with this kind support. We will then be able to resolve the matters which triggered our negative emotions.

We must tell those who hurt us “I do not allow you to hurt me any longer.” And be loving with those who are loving to us.

~~ Ana ~~

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